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O homem no tempo
Até agora, falamos do homem como ele é hoje: um primata com o cérebro muito desenvolvido, bípede e como uma série de características neotênicas.
A partir de agora, estaremos interessados em um outro aspecto do homem: sua história evolutiva. Passaremos a analisar a trajetória do homem nos últimos 20 milhões de anos. Foi nesse período que saímos das florestas, aprendemos a andar, a construir ferramentas, a dominar o fogo e o ambiente, a caçar, a desenvolver linguagens faladas e escritas, e a empreender culturas cada vez mais elaboradas e tecnológicas.
Antes de iniciarmos esse longa história, falaremos de algo muito importante para a descoberta e a interpretação desse passado: os registros fósseis e arqueológicos.

Registro fóssil
Como vimos anteriormente, para entendermos a história do homem necessitamos de registros de diferentes fontes e formas, que podem ser um relato, uma obra de arte, uma construção ou um texto.
Para acompanharmos a história de uma espécie é necessário, também, recolher os registros que foram deixados ao longo dessa história. Esses registros são, na maior parte dos casos, muito escassos e necessitam ser interpretados pelo estudioso, para que venham a ter algum significado. Estamos falando dos registros fósseis, que podem ser definidos como restos mais ou menos mineralizados de seres vivos que viveram em períodos geológicos passados.
Lembre-se de que, quando falamos em períodos geológicos, a escala de tempo a que nos referimos é da ordem de milhares a milhões de anos.

Formação de um fóssil
Para que ocorra fossilização (processo de formação de fósseis) é necessária uma série de eventos, como podemos observar através do texto e da figura a seguir.


Morte em local anaeróbico: os cadáveres devem repousar em local protegido contra carniceiros e agentes decompositores (fungos e bactérias).
Sedimentação: é um processo lento e caracteriza-se pelo soterramento do local com acúmulo sucessivo de sedimentos, terra, areia e materiais pulverulentos (cobertos de pó) em geral.
Compactação: o acúmulo sucessivo de sedimentos na superfície tende a compactar os estranhos inferiores, e direcioná-los para camadas mais profundas, formando assim um tipo de rocha chamada rocha sedimentar.
Mineralização: transformação de matéria orgânica em inorgânica, com a substituição de compostos de carbono e cálcio por silicatos.
Exposição da rocha sedimentar: se não houvesse fenômenos geológicos, como o surgimentos de montanhas e o trabalho dos rios e do vento sobre as rochas, os fósseis seriam perdidos. Graças a esses fenômenos, alguns fósseis acabam sendo expostos.
Quando ocorre essa sequência de eventos, temos um sítio fossilífero, ou seja, uma rocha que apresente fósseis.

O que mais os fósseis nos dizem?
Como dissemos um pouco antes, os fósseis se dispõem em camadas de rochas sedimentares, e as mais profundas são as mais antigas. Assim, o registro fóssil informa algo mais que as características dos seres vivos.
Dependendo da camada em que se encontra, podemos dizer se um fóssil é mais recente ou mais antigo que outro. Dessa forma, podemos atribuir uma escala de tempo para um determinado fóssil. Isso é o que chamamos de litoestratigrafia comparada (litos, rocha, e estratigrafia, estudo dos estratos, das camadas).
Esse método é indireto, ou seja, os tempos são relativos (um estrato é mais antigo que outro, por exemplo). Existem métodos que conduzem a datações absolutas das rochas e que permitem dizer com precisão quanto tempo tem um determinado estrato ou uma rocha em particular.
Entre esses métodos de datação absoluta destacamos aqueles que utilizam os elementos radioativos. Esses elementos são caracteristicamente instáveis, e decaem com o tempo. Cada elemento radioativo possui um tempo específico para esse decaimento. Comparando a quantidade de elemento radioativo residual e de elemento radioativo decaído, é possível estabelecer a idade de uma rocha.
Utilizando o dois tipos de datações foi possível a elaboração de uma escala de tempo geológica da Terra. O mais interessante nessa escala é que, além de nos permitir compreender os principais eventos ocorridos na história da Terra, essa escala está diretamente vinculada a distribuição dos principais fósseis. O período pré-cambriano é o que antecede o cambriano (período de grande explosão biológica). Foi no período carbonífero que se formaram as grandes reservas de carvão mineral, resultado da fossilização de extensas áreas de florestas.

Fonte: Montanari,Valdir;Cunha, Paulo Roberto. Evolução do bicho-homem.São Paulo: Moderna. 1999. p.37-40










































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Professora do Ensino Fundamental I da rede particular de ensino de Uberlândia-MG. Esse blog tem por finalidade divulgar os projetos que vem sendo desenvolvidos com minhas turmas desde Abril/2010.