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Os mitos da criação e a ciência
Mitos são histórias que os povos contam geração após geração. Eles narram como um deus ou vários deuses com poderes sobrenaturais criaram a Terra e tudo que nela existe.                    O Gênesis é o mito da criação narrado na Bíblia, o livro sagrado da religião judaico-cristã. Gênesis quer dizer origem. Ele conta que no início só havia trevas, e Deus criou a luz. Depois fez o dia e a noite, o céu e a terra, as nuvens, os rios, lagos e oceanos. Sobre a terra fez crescer as plantas.                                                                                                 
Continuando sua obra, Deus criou o Sol para governar o dia e a Lua para guiar a noite. Criou os répteis e mamíferos, os peixes para as águas e as aves para os ares e a terra. Também deu à terra o poder de gerar os animais domésticos. Finalmente, criou o homem e a mulher e a eles deu o poder de dominar todos os seres vivos da Terra.
Essa criação foi realizada em seis dias e no sétimo dia Deus descansou.                                 
No Alcorão, livro sagrado da religião islâmica, o mundo e os seres vivos também são obra de um deus criador de todas as coisas.                                                           
Entre os indígenas da região da Amazônia, foi o deus Tupana que tudo criou a partir do vazio.                                                                                                                                            
Os mitos da criação fazem parte da religião de todos os povos. O deus ou os deuses que tudo criaram são venerados e respeitados. Esses mitos,quando lidos com fé, criam emoções que fazem bem às pessoas, pois elevam a mente para além da realidade.   As teorias da ciência, por outro lado, tentam explicar a realidade. Partem da observação do que acontece na natureza. Mas, conforme o tempo passa, novas observações levam a novas idéias e as teorias são modificadas ou até abandonadas.
Em algumas escolas os professores são proibidos de ensinar como a vida se transforma no decorrer do tempo. Isso porque existe o receio de que essas idéias destruam a crença em Deus, o Criador de todas as coisas.
No entanto, existem muitos cientistas que consideram a transformação da vida um projeto divino. Segundo eles, as mutações, cruzamentos e a seleção natural não acontecem ao acaso, mas foram dirigidos por Deus, e o resultado final são os seres humanos, capazes de imaginar Deus.                                                                                      
Outros, porém, afirmam que apenas o acaso dirigiu a transformação da vida. O homem não é o projeto final da criação e, se tudo voltasse ao princípio, a vida poderia até seguir outros rumos e não existiríamos. Esses cientistas não aceitam a interferência de nenhum ente sobrenatural no destino da vida, pois não consideram científico aceitar deuses ou outras entidades que não fazem parte desse mundo para explicar os fatos deste mundo.
Se uma ou outra posição é verdadeira ninguém pode afirmar. Cada um deve ser livre para escolher seu modo de pensar e sua crença.

Os primeiros passos da ciência
A ideia de que a vida se transforma através do tempo é muito antiga. Os hindus diziam, há 5000 anos: ”tudo que existe se transforma”. Na Grécia, muito tempo antes de Cristo, alguns pensadores já afirmavam: “tudo o que existe vem da água”.
No entanto, na Europa, a crença no Gênesis da Bíblia fazia todos afirmarem que os seres vivos jamais se transformaram desde o dia da criação divina.
Um passo importante para ampliar o conhecimento sobre a natureza e perceber que a vida se transforma forma as viagens dos europeus pelo mundo.Os viajantes que aportaram nas Américas, África, Austrália, Índia e ilhas oceânicas recolhiam plantas, animais, rochas e pedras preciosas para conhecer as riquezas das terras conquistadas. Observar, dissecar e desenhar plantas e animais das novas terras passou a ser o trabalho de vida inteira de muitos naturalistas europeus daquela época.
A ampliação do conhecimento dos europeus sobre a natureza fez com que percebessem que a vida é muito mais variada do que pensavam. A comparação entre os seres vivos foi mostrando semelhanças e parentescos que permitiam agrupá-los em famílias, gêneros e espécies.
Outro passo importante foi o aperfeiçoamento das lentes de aumento montadas em microscópios. Graças a esses instrumentos, foi possível, pela primeira vez, observar o mundo dos seres invisíveis a olho nu, como as bactérias e os protozoários. Também se descobriu que todas as plantas e animais são formados por células, uma ao lado da outra.
Os microscópios desvendaram também o mistério da fecundação do óvulo, e o desenvolvimento dos embriões de diversos animais foi acompanhado passo a passo, tornando evidente que quanto maior é o parentesco entre as espécies, mais semelhantes são as fases pelas quais elas passam.
Essas observações levaram muitos pesquisadores à certeza de que a Terra se transforma no decorrer do tempo e de que muitas espécies desapareceram para sempre. Não era mais possível acreditar que a Terra só tivesse de 4 a 5 mil anos, como se pensava naquele tempo.
Apesar de tantas descobertas, muitos naturalistas continuavam afirmando que as plantas e animais sempre foram tal como Deus criara. Outros começaram a duvidar dessa afirmação. Um deles foi Lamarck, naturalista francês que criou a teoria do uso e não-uso para explicar a transformação da vida.
Segundo Lamarck, os seres vivos se transformam ou porque usam demais algumas partes do corpo ou porque nunca as usam. As girafas, por exemplo, teriam ficado com pernas e pescoço compridos de tanto se esticarem para alcançar os ramos altos das árvores. Para Lamarck, a cada geração, o pescoço e as pernas das girafas ficavam um pouco mais longos, e os descendentes nasciam com pescoço e pernas mais longos que a geração anterior.
As idéias de Lamarck foram aceitas por muitos estudiosos de seu tempo. Outros, por motivos religiosos, continuaram não aceitando a ideia de que a vida se transforma, mas também não podiam negá-la, pois o número de evidências era cada vez maior. Na época, as ideias de Lamarck também foram rejeitadas, não porque falavam na herança das características adquiridas, mas por falarem em evolução. Não se sabia nada sobre herança genética e acreditavam-se que as espécies eram imutáveis. Somente muito mais tarde os cientistas puderam contestar a herança dos caracteres adquiridos. Uma pessoa que pratica atividade física terá musculatura mais desenvolvida, mas essa condição não é transmitida aos seus descendentes.
Mesmo estando enganado quanto às suas interpretações, Lamarck merece ser respeitado, pois foi o primeiro cientista a questionar o fixismo e defender idéias sobre evolução. Ele introduziu também o conceito da adaptação dos organismos ao meio, muito importante para o entendimento da evolução.
Então criaram a teoria do catastroformismo. Ela afirmava que a Terra havia sofrido catástrofes no passado. A cada catástrofe, os seres vivos eram eliminados e eram criadas novas formas de vida, muito diferentes das anteriores.

A teoria da evolução
A ideia de que a vida se transforma no decorrer do tempo foi se transformando cada vez mais presente. Entre os estudiosos do assunto estavam dois naturalistas ingleses, Charles Darwin e Alfred Wallace, que viveram no século passado. Os dois, cada um trabalhando por si, criaram uma mesma teoria para explicar a transformação da vida. Por isso ela é chamada de teoria da evolução de Darwin e Wallace.
Na verdade, ambos seguiram caminhos semelhantes para chegar as mesmas conclusões: leram o que diziam Lamarck e outros autores sobre a transformação da vida e da Terra. Também observaram como os criadores selecionavam animais para cruzamentos e como os agricultores escolhiam sementes para o cultivo. Talvez o mais importante: viajavam pelo mundo observando a natureza.
Charles Darwin partiu da Inglaterra a bordo de um veleiro quando tinha apenas 20 anos. Na viagem, que durou cinco anos, sua função era coletar plantas, animais, rochas e fósseis das terras onde aportassem.
Darwin fez excursões por campos e florestas, vales e montanhas, terras quentes e frias. Em seu diário de viagem escreveu sobre a beleza das florestas do Brasil, com suas árvores que pareciam querer tocar o céu e as cascatas de águas límpidas. Dizia ele que era tamanha a alegria de ver essa natureza que jamais a esqueceria.
Em suas excursões, coletou muitos tipos de fósseis, como dos tatus gigantes, ancestrais dos tatus de hoje.
Nessa viagem, o que mais impressionou o jovem naturalista foram as ilhas vulcânicas que formam o Arquipélago das Galápagos, no Oceano Pacífico.
Ao voltar para a Inglaterra, Darwin já tinha em mente uma teoria para explicar como as espécies se transformam no decorrer do tempo. Mas demorou 20 anos para publicar suas idéias, pois tinha certeza que seria alvo de muitas críticas.Para se prevenir, passou todos esses anos estudando e coletando ainda mais dados para comprovar sua teoria:criou pombos, estudou rochas, dedicou-se à geologia e se correspondeu com outros cientistas que, tal como ele,acreditavam na transformação da vida.
Enquanto Darwin pesquisava, Wallace viajava pela Amazônia e pelas ilhas situadas entre a Austrália e a Índia. Por fim escreveu um pequeno trabalho no qual explicava sua teoria sobre a transformação da vida. Enviou uma cópia para Darwin, que ficou espantado ao ler no trabalho de Wallace as idéias que ele próprio estava elaborando havia vinte anos. Aceitou conselhos dos amigos e escreveu um breve relato de suas idéias.Seu trabalho e o de Wallace foram apresentado em conjunto aos pesquisadores ingleses, que pouco prestaram atenção são assunto.
Um ano depois Darwin publicou seu livro “A origem das espécies por meio da seleção natural” e ficou famoso no mundo inteiro. Quanto a Wallace, continua sua vida de aventuras pelo mundo. Hoje, muitos livros nem mencionam seu nome quando falam sobre a teoria da evolução.
Tal como Darwin temia, seu livro causou polêmica. Embora ele apenas tenha escrito que o futuro traria novas luzes sobre a origem dos humanos, os leitores concluíram que descendemos de macacos do passado e somos parentes dos gorilas e chipanzés do presente.
Os jornais da época fizeram muitas caricaturas sobre Darwin e suas ideias.
A teoria de Darwin e Wallace é formada por uma sequência de pensamentos.
A cada geração, os indivíduos de uma espécie produzem muitos descendentes, mas nem todos sobrevivem até a idade adulta, pois é grande o número de mortes causadas por geadas, seca falta de alimento, doenças, acidentes, predação.
          Os ambientes mudam sem cessar e selecionam os que sobrevivem. No decorrer do tempo, os sobreviventes são aqueles que nascem com alguma coisa que os torna mais aptos a viver no novo ambiente. Eles se reproduzem e transmitem suas características aos descendentes. Assim, pouco a pouco, os que têm determinadas características vão se tornando mais numerosos e a espécie se modifica.


Darwin nunca afirmou que a transformação da vida é uma evolução em direção a espécies cada vez mais aprimoradas, até culminar com a espécie humana. Nesse caso, o homem seria perfeito e uma ameba não. Ele usou a palavra evolução apenas uma vez, no trecho final de seu livro, mas com o sentido de desenvolvimento das espécies ao longo do tempo. Releia esse trecho logo na abertura deste livro.
O termo evolução com sentido de progresso em direção aos humanos foi adotado por naturalistas da época de Darwin. Para eles, a espécie humana era o apogeu da criação, principalmente se fosse de europeus. As demais variedades da espécie humana, como os africanos, indígenas, esquimós, eram consideradas inferiores e comparáveis aos nossos ancestrais imaginados como macacos.
A teoria da evolução de Darwin e Wallace não explica como surgem novas características em uma espécie, pois somente neste século foi desvendado o segredo do código genético e de suas mutações. A descoberta desse segredo colocou a transformação das espécies em nossas mãos.
Se aceitássemos essa explicação poderíamos também dizer que as toupeiras perderam a visão porque seus ancestrais viviam dentro das tocas; os tamanduás ficavam sem dentes porque seus ancestrais engoliam formigas sem mastigar; as cobras ficaram sem pernas de tanto seus a ancestrais rastejarem. Seria o mesmo que dizer que os filhos e netos dos halterofilistas terão músculos fortes.
Nessa época, os naturalistas foram encontrando cada vez maior quantidade de fósseis. Encontraram fósseis de animais marinhos no alto das montanhas, indicando que um dia o mar chegara até ali ou então que as rochas submersas haviam subido do fundo do mar.

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Professora do Ensino Fundamental I da rede particular de ensino de Uberlândia-MG. Esse blog tem por finalidade divulgar os projetos que vem sendo desenvolvidos com minhas turmas desde Abril/2010.